Idosos solitários: como ajudar a pessoa idosa a não se sentir só?
A solidão é um sentimento que tem reflexos negativos em qualquer fase da vida. Entre as pessoas idosas, no entanto, suas consequências podem ser ainda mais graves, aumentando o risco de doenças e de prejuízo à saúde mental — foi o que concluiu um estudo realizado na Universidade de São Paulo (USP).
Durante a pandemia de covid-19, muitos jovens e adultos sentiram na pele o quão duro pode ser passar por períodos prolongados de isolamento. Mas você já pensou que existem idosos solitários mesmo fora da quarentena?
Neste artigo, vamos compartilhar dicas de como evitar que a pessoa idosa que você ama sofra com a solidão, ajudando-a a manter a qualidade de vida e o bem-estar físico e psicológico. Confira!
Visite e faça contato periodicamente
Com o dia a dia corrido, sabemos que muitas vezes é difícil manter uma rotina de visitas tão frequentes como gostaríamos. No entanto, ficar só por longos períodos pode ser uma experiência muito difícil para pessoas idosas, resultando em prejuízos à saúde e até mesmo levando à depressão.
Uma solução para isso é combinar um rodízio de visitas. Peça aos parentes e amigos mais próximos que comuniquem os momentos em que têm disponibilidade. Com essas informações, organizem uma escala, de modo que a pessoa idosa tenha companhia frequentemente, sem sobrecarregar a rotina de ninguém.
Lembre-se de que, além das visitas, as ligações telefônicas diárias e as chamadas de vídeo são ótimas alternativas para amenizar o sentimento de solidão do idoso.
Promova a inclusão digital
Ao ser capaz de se comunicar com familiares e amigos usando o smartphone ou o computador, a pessoa idosa ganha muito em termos de segurança e socialização. Isso porque, além de poder entrar em contato rapidamente caso precise de ajuda, ela poderá usar essas ferramentas para interagir com pessoas queridas quando se sentir só.
Já existem modelos de smartphones simplificados e com teclas grandes, especialmente desenvolvidos para facilitar a vida de quem tem mais dificuldade com as novas tecnologias. Considere investir em um aparelho que tenha fácil manuseio e dedique algum tempo para ensinar o seu ente querido a utilizá-lo, de modo a garantir a inclusão digital do idoso.
Ajude a manter uma vida social ativa
Incentive a participação em atividades sociais e culturais. Alguns ambientes favorecem a criação de vínculos sociais e de um senso de comunidade. Então, podem ser boas opções para idosos solitários.
Matricular-se em um curso, frequentar uma igreja, associar-se a um clube ou participar de campanhas de voluntariado, por exemplo, são práticas que ajudam a conhecer pessoas novas, fazer amizades e sentir que pertence a um grupo. No entanto, talvez eles tenham dificuldade para encontrar, sozinhos, locais que ofereçam essas atividades.
Pesquise locais próximos à residência do seu familiar que favoreçam a socialização e, se for o caso, ofereça-se para fazer matrícula, pagar a mensalidade e/ou frequentar o local com ele algumas vezes no início, até que se sinta mais integrado ao ambiente.
Estimule uma rotina fisicamente ativa
A prática de atividades físicas é muito importante para garantir a saúde do corpo e da mente, mas suas vantagens vão além: o envelhecimento ativo também colabora para reduzir a solidão do idoso!
Seja fazendo caminhadas ao ar livre, praticando pilates, yoga, tai chi chuan, natação, dança ou qualquer outra modalidade, ao se exercitar, a pessoa idosa tem a possibilidade de conhecer gente com interesses parecidos.
Isso favorece a criação de laços afetivos que podem ultrapassar os limites do esporte escolhido: é quando a “turma de hidroginástica” começa a marcar encontros para ir ao cinema, tomar um café ou fazer excursões, por exemplo.
Incentive a prática de atividades intelectuais
Existe uma ampla gama de atividades que mantêm o cérebro ativo e que ajudam a reduzir a ansiedade, combater a depressão e até mesmo a prevenir o aparecimento do Alzheimer. Além disso, ter um hobby que estimule o lado intelectual pode contribuir para amenizar o sentimento de tristeza por estar só.
Nos momentos em que não há uma companhia disponível, a pessoa idosa pode se manter entretida ao resolver passatempos como palavras cruzadas e sudoku, ler um livro ou tocar um instrumento musical, por exemplo.
Ajude a pessoa se sentir útil
A terceira idade pode ser uma fase de mudanças e adaptações, mas também de muita sabedoria! As experiências e os conhecimentos acumulados ao longo da vida formam uma bagagem cultural riquíssima. Por isso, engana-se quem pensa que pessoas idosas não têm mais com que contribuir.
Certamente existem aspectos da sua vida que poderiam se beneficiar bastante da participação do seu familiar mais velho. Considere a profissão que ele exercia antes da aposentadoria, os hobbies e os talentos únicos, e, com base nisso, faça perguntas, solicite a ajuda dele.
Se é uma pessoa com talentos manuais, você pode pedir auxílio para consertar um objeto que precise de reparo ou para fazer pequenos ajustes em uma roupa, por exemplo.
Caso seu familiar tenha mais afinidade com atividades intelectuais, peça que ajude os netos com uma tarefa da escola. Isso pode ser positivo para todos os envolvidos, pois ele se sentirá útil e, de quebra, estreitará os vínculos afetivos com as crianças.
Considere presentear com um bichinho de estimação
Dependendo do grau de independência da pessoa idosa, a companhia de um animalzinho de pequeno porte pode ser uma boa opção. Porém, lembre-se de que, mesmo os gatos, que costumam ser bastante autossuficientes, precisam de determinados cuidados periódicos que demandam disposição física, como a troca da caixa de areia.
Analise a situação com calma, estude os prós e os contras, incluindo o risco de quedas e, caso conclua que é realmente possível adotar um animalzinho, tenha em mente que alguém mais jovem precisa auxiliar em certos cuidados com o pet. Assim, o novo amigo terá uma vida feliz e saudável e, ao mesmo tempo, não trará mais dificuldades para o seu familiar.
Essas são as dicas para ajudar idosos solitários a espantarem o sentimento de solidão e terem uma vida mais plena nessa fase da vida. Como bônus, sempre estimule uma rotina agradável, com atividades que incentivem seu ente querido a gostar da própria companhia. Assim, ele ficará bem mesmo quando, eventualmente, estiver sozinho.
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