Esclareça suas dúvidas sobre como lidar com o diabetes em idosos
O diabetes, principalmente em pessoas idosas, é um quadro bastante comum. A doença, basicamente, é a incapacidade de “digerir” o açúcar do sangue, pela baixa ou inexistente fabricação de insulina pelo pâncreas. Por isso, requer bastante atenção. E, nas pessoas idosas, é comum que existam ainda outras condições crônicas e dificuldades que podem agravar os riscos do quadro.
Dessa forma, após a leitura deste texto, entenda quais são as causas mais comuns do diabetes e a melhor forma de lidar com o diabetes em idosos. Além disso, você saberá quais são os principais riscos de não cuidar adequadamente dessa condição. Vamos lá?
Quais as causas mais comuns do diabetes?
Vamos falar do diabete mellitus (DM), que é uma condição crônica e popular. Ele tem o status de epidemia mundial, pois segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 346 milhões de pessoas possuem diabetes. Para se ter uma noção, a estimativa é que, até 2030, os óbitos decorrentes desse quadro dobrem em relação a 2005. Especificamente, a fatia de diabetes para a população idosa, no Brasil, é de 16,1%.
As principais causas do diabetes nessa fase de vida são a questão genética, o avanço natural da idade e a falta de uma alimentação adequada, gerando obesidade. Aliado a isso está a falta de exercícios físicos, aumentando o sedentarismo, associado com alimentos ricos em carboidratos. Tudo isso forma um quadro sensível para o surgimento do diabetes.
Qual a melhor forma de lidar com a condição?
Estar munido das melhores informações sobre o diabetes em idosos já é um passo importante. Afinal, em muitos momentos, determinadas atitudes que achamos ser corriqueiras e simples, podem afetar profundamente o quadro. Além disso, ter disciplina para organizar as prioridades que facilitam uma vida de bem-estar é outra prioridade fundamental. Por isso, prepare o caderninho e veja abaixo alguns pontos.
Consultas médicas com frequência
Sem dúvida, a ida ao médico constantemente precisa ser um destaque no quadro de atitudes. O nosso organismo é dinâmico e está sujeito a mudanças diárias que podem desencadear novos contextos. A ida ao médico é capaz de monitorar essas possibilidades e inclusive prevenir. Assim, você tem a oportunidade de iniciar um tratamento sobre determinado acontecimento no seu corpo que ainda está recente.
O surgimento de outras condições crônicas ou passageiras pode mudar toda a dinâmica do quadro diabético, inclusive requerendo novos medicamentos e adaptações de estilo de vida. Dessa forma, não deixe para descobrir isso em momentos que a situação já esteja grave. Vá ao médico regularmente e saiba que essa é mais uma ação de autocuidado com você e com as pessoas que lhe amam.
Atenção à saúde dos pés
O pé é quem possibilita o andar. Apesar dessa informação ser óbvia, é importante ressaltá-la quando pensamos no contexto do diabetes em idosos. Como se sabe, há uma maior probabilidade de dificuldade de cicatrização para quem apresenta a condição. Os pés, particularmente, estão mais propensos a isso, por conta do alto uso desses membros. Assim, o ideal é adquirir um bom calçado ortopédico, prevenindo quedas e inchaços.
Úlceras podem acontecer nessa região e, quando somadas a outros fatores, esse quadro pode se agravar. Por isso, faça o melhor para essa importante parte do corpo. Atualmente, há muitas opções disponíveis de calçados acolchoados, que estão preparados para lidar com o inchaço dos pés. Além disso, é interessante sempre verificar se há algum pequeno corte na região e mantê-la limpa e bem cuidada.
Uma dica importante é sempre comprar sapatos com 2 centímetros de espaço entre o final do dedo mais longo e a ponta do sapato. Naturalmente, à medida que andamos durante o dia, há uma maior circulação de sangue no local, fazendo com que haja inchaço. Dessa forma, os pés ficam maiores do que o normal e o resultado pode ser o desconforto dentro de um calçado que não contemple esse acontecimento.
Cuidado com a alimentação
Outro aspecto fundamental é seguir uma dieta que esteja de acordo com as necessidades do seu corpo. Muitos quadros de diabetes podem ser administrados de maneira leve e positiva ao seguir uma rotina de alimentação saudável.
Um erro que muitas pessoas têm é achar que o açúcar está apenas nos doces. Quando, na verdade, o açúcar é carboidrato, presente abundantemente em massas, produtos industrializados e alimentos com amido, por exemplo.
Procure um bom nutricionista e comece aos poucos. Toda readequação alimentar necessita de um tempo e respeito ao seu próprio corpo. Por isso, não adianta querer mudar, rapidamente, um hábito que foi construído ao longo dos últimos 30 anos.
Faça uma lista dos alimentos que você realmente precisa de um tempo até se acostumar com a redução total ou parcial. Por exemplo, para quem ama muito chocolate, há muitas opções específicas para quem convive com o diabetes. E pratique regularmente exercícios físicos, além de seguir uma dieta sem muitos carboidratos.
Quais os riscos de não cuidar adequadamente do diabetes?
Como já adiantamos no tópico sobre a saúde dos pés, se você não cuida das suas taxas de glicemia, pequenos arranhões podem se tornar úlceras, com o risco de amputação. Além disso, ao se tratar de uma pessoa idosa, um quadro complicado de diabetes pode gerar outros problemas que funcionam como um grande efeito cascata. Uma pequena queda pode ter um efeito profundo em um diabetes mal cuidado.
Conforme você leu ao longo deste texto, o diabetes em idosos é uma condição epidêmica mundial e requer muita atenção devido a fragilidade natural do corpo nessa fase da vida. Por isso, visitas periódicas ao médico, boa higiene e cuidados ortopédicos com os pés, além de uma alimentação adequada são as melhores atitudes para conviver bem com a condição.
Outra atitude bem-vinda para lidar não apenas com a diabetes, mas com a construção de uma excelente qualidade de vida é continuar bem informado. Para isso, acompanhe as nossas principais atualizações de conteúdos sobre saúde e bem-estar.